quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cadê o Laçador?

O Laçador, um símbolo de Porto Alegre, cansou de ficar mais de 50 anos parado no mesmo lugar.
Ele resolveu sair, desbravar a sua cidade natal.
Tão falada e conhecida por suas belezas e nunca vista pelo nosso bravo gaúcho de bronze.

Em sequência, estão os vídeos da campanha.







Mais no site Cadê o Laçador?

Em colabração com os colegas e amigos: Christian Piva, Daniela Moreira e Eduardo Borges.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Can't Stop Feeling

Que noite. Que noite! Dia 18 de março. Franz Ferdinand ao vivo em Porto Alegre. Dois dias antes dos cumpleaños de Alex Kapranos e quatro antes dos meus. Coincidência? Acho que sim.

Aquele que muitos, inclusive eu, acreditavam ser o melhor show que a cidade presenciaria em anos. Uma performance de uma banda no auge da carreira. Uma banda alto astral, moderna, talentosa e acima de tudo isso, simpaticíssima.

Um show que contou com uma belíssima apresentação de abertura da Pública. Banda que, na minha modestíssima opinião, trata-se da melhor banda nacional. Um grupo, que a exemplo do Franz, não parece se preocupar muito em 'fazer sucesso', mas sim em fazer músicas realmente boas e não muito mais do que isso. O que já estaria de bom tamanho, se não fosse a habilidade dos caras em fazer clipes e principalmente, shows. Isso resume o que foi o show de abertura de ontem: uma demonstração - observada de perto por Alex Kapranos - de extremo talento, recheada por belas canções e que conseguiu animar a platéia o suficiente para encarar os escoceses dançantes. Depois de pouco mais de meia hora, a Pública se despediu com a hipnótica e incendiante 'Luzes'.

Após 20 minutos de intervalo, foi a vez do Franz Ferdinand subir ao palco. A platéia veio abaixo. Deu até para notar, no rosto dos caras, a surpresa que tamanha gritaria causou.

E eles retribuíram a altura.

Formados por Alex e sua incrível simpatia e carisma, Nick com sua imensa animação, Bob e sua imensa desanimação combinada com muito talento e Paul com sua notável habilidade com as baquetas. Uma banda que mesmo no auge, mostra um enorme prazer em, não apenas tocar ao vivo, mas em entreter e interagir com o público. Que, durante toda a apresentação, mostrou uma enorme motivação, felicidade e, de certa forma, um imenso 'interesse' por estarem dividindo aquele momento com a mais apaixonada platéia.

O Franz Ferdinand tocou, durante 1h e 40 minutos, seus inúmeros sucessos. Antigos ou novos, todos levantaram as quase 5 mil pessoas presentes. Não contentes em somente reproduzirem fielmente as músicas dos 3 CD's, os caras ainda nos divertiram com inúmeras jams - incluindo uma alucinante, formada pelos quatro integrantes e apenas uma bateria - e aqueles momentos em que qualquer platéia adora: quando o artista estrangeiro arrisca o português (muito bem pronunciado, por sinal). Alex ainda usou o português para apresentar cada membro da banda (inclusive ele mesmo) e seu instrumento - tudo em bom e claro português.

O Franz Ferdinand mostrou que uma banda, para ter carisma e fazer uma boa apresentação ao vivo, precisa mais do que reproduzir sucessos fielmente e dizer algumas dúzias de "obrigados" e "porto alegre's". Fizeram um show maravilhoso, com boa música, improvisos, solos e, acima de tudo, muito interesse em mostrar tudo e dividir a alegria e a emoção de fazer um show incrível.

Obrigado Franz Ferdinand.





quinta-feira, 4 de março de 2010

José González, multiétnico, brilhante

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Cantor de música flamenca? Jack Johnson com cabelo e barba? Discípulo do Teixeirinha? Pela foto todas são possíveis, pero no, esse cara não tem nada a ver com as anteriores.

José Gonzalez é um argentino nascido em Gotemburgo que canta em inglês. Esclarecendo: a família dele é de origem argentina e se mudou para a Suécia, onde nasceu José.

Sua música não tem um estilo único, mas encanta, como encanta o Radiohead, a banda inglesa já revelou que é fã do multi étnico cantor e violonista. Revelaram ainda que chegam a se inspirar em González em algumas canções, isso fica claro na bela canção Jigsaw Falling Into Place, onde vemos a semelhança nos belos acordes de violão e melodias nada convencionais.

José Gonzáles já tem dois álbuns lançados, são eles: Veneer (2003) e In Our Nature (2007).

González une muito talento com o violão e com os timbres da voz para criar um som tranquilo e relaxante, sendo sempre fiel a suas raízes e origens, sejam elas quais forem.

Links:
Página oficial
Myspace
Video - How Low

15.04.09

Shoasis Supersônico

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Por quatro vezes falamos sobre a banda nesse tão recente blog.
A primeira para comentar sobre os melhores álbuns de 2008. Duas outras, falando apenas sobre a possível passagem da banda pelo Brasil e principalmente, por Porto Alegre. A quarta vez foi para confirmar as datas e comemorar a confirmação da vinda da banda para a capital dos pampas.
A quinta postagem só poderia ser para comentar - ou ao menos tentar - o marcante/emocionante/eletrizante/incrível (muitos outros adjetivos caberiam aqui) show da banda mais importante, em inúmeros fatores, do rock atual.
O show de abertura foi da Cachorro Grande, que abriu os quatro shows dos Gallagher e cia. Fato no mínimo marcante na carreira da banda, abrir o show da sua banda favorita, seria algo como se o Oasis fizesse a abertura de um show dos Beatles. Pouca coisa.
A apresentação da Cachorro contou com espiadas de Liam Gallagher, ao fundo do palco, chegando a balançar a cabeça positivamente (gesto raro de ser visto) durante a performance de Helter Skelter pelos gaúchos da Cachorro.
Mas a multidão - cerca de 10 mil pessoas - queria ver o Oasis. Queria ver o Liam lá na frente, gritando palavrões com aquele sotaque britânico. Queria ver o Noel, absolutamente inexpressivo como sempre. O Oasis como sempre foi visto, nunca visto em Porto Alegre.
E viu, e gostou. Como não gostar? Se 20 minutos antes do horário previsto as luzes se apagaram, pegando a plateia de surpresa. Ao som de Fuckin' In The Bushes surgiram os Rock 'N' Roll Stars. O show poderia ter terminado ali, a euforia foi tanta que os ingressos já tinham valido a pena, o que viesse era lucro. Mas um show do Oasis não é pouca coisa, é muita coisa. Veio muito lucro. A performance inteira foi como o previsto: pouca presença de palco, pouca interação com a plateia... O jeito Oasis de se apresentar. Como o próprio Liam já havia dito quando perguntado sobre como seria a passagem por Porto Alegre, foi a melhor de todas as apresentações das quatro no Brasil. O show teve de tudo, nada surpreendente, foi do êxtase em canções como Morning Glory e Cigarettes & Alcohol até momentos emocionantes em Don't Look Back In Anger e na tal Wonderwall, fechando com I Am The Walrus, daquela banda que todo mundo conhece, até o Oasis.
Foi uma passagem digna de Oasis, como todos queriam.
14.05.09

O bom e velho e novo jazz

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Resolvi criar um post bem abrangente e bem difícil, um post sobre jazz. O jazz é aquele estilo de música que a gente nunca cansa de ouvir, aquele que tu ouve CD's inteiros sem enjoar nunca.

Mas o que falar sobre o jazz? É tão difícil como falar de qualquer outro estilo musical, falar de rock, falar de blues, falar de música clássica. O que mais encanta no jazz é como ele relaxa, como ele pode ser incrível ao ser tocado de improviso, como ele é simples e ao mesmo tempo complexo, como ele se encaixa em inúmeras ocasiões.

Quem gosta de jazz, nem sempre sabe muito sobre jazz (é o meu caso), mas não importa, pois trata-se de uma experiência que não requer conhecimento, apenas apreciação.

Que pena que hoje a forma de ouvir música está cada vez mais diferente da época do disco de vinil, da época que se ouvia os discos nas vitrolas, os discos com aquele som característico de vinil, com aquele ruído que a agulha fazia ao deslizar sobre o disco, um charme que, mesmo que ainda tenhamos ao nosso alcance, não é a mesma coisa.

O jazz nos deu artistas maravilhos que são sinônimos de talento, nomes como: Louis Armstrong com seu alto timbre de voz; Billie Holiday e a sua rouca e bela voz; Duke Ellington - considerado por muitos o maior compositor de jazz de todos os tempos - e seu inseparável piano; Ella Fitzgerald - a primeira dama do jazz - com sua timidez, mas que não a impedia de cantar de maneira doce e única; John Coltrane e seu saxofone de estilo único e impossível de não ser reconhecido. Esses são alguns dos inúmeros nomes que compõem a imensa lista de lendas do jazz, assim como seria com as lendas do rock, do blues e de muitos outros estilos que, como o jazz, sobrevivem devido as contribuições de mitos como esses. Vale a pena lembrar ainda outros nomes como: Miles Davis, Chet Baker, Thelonious Monk, Lester Young, Charlie Parker, Dave Brubeck, Benny Goodman, Sarah Vaughan e Herbie Hancock.

Mas o jazz não parou. Não, ele atingiu, cativou e conquistou novos ouvintes, fazendo com que surgissem novos nomes como: Madeleine Peyroux, Norah Jones, Melody Gardot, Diana Krall, Jamie Cullum, os gaúchos do Delicatessen e outros variados, todos espalhados por aí.
Ouçam jazz, nem que seja pra conhecer, esse estilo tão único e cativante que leva pessoas a se apaixonarem, não importando a idade, nem classe, nem sexo, nem nada. Afinal, é música.
15.06.09

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Filmes sem gênero defindo

Há muito tempo que eu tenho vontade em escrever um texto falando sobre esse assunto.

Mas o que são os filmes sem gênero?

Para mim, esse "gênero" é um dos mais especiais, interessantes e marcantes. Isso porque quando você sabe que determinado filme é um drama, você sabe que, no mínimo, a história é triste e comovente. Sabe que uma comédia romântica é sempre aquele tipo de filme onde você dá uma meia dúzia de risadinhas, se comove um pouco com o meio da história, mas no final, fica feliz pois todos viveram felizes para sempre.

Mas e aqueles filmes que a gente não sabe classificar?

Aqueles que a gente não sabe em qual prateleira da locadora procurar. As vezes fico pensando "mas que gênero de filme é esse?". Que gênero é Juno, Quase Famosos, Pequena Miss Sunshine, Prenda-me Se For Capaz?

Gosto muito desse tipo de filme porque é um gênero onde, na maioria das vezes, não sabemos que rumo a história vai tomar, ou até sabemos, mas não como numa história de ação, onde sobra tiro para tudo que é lado antes de dar tudo certo.

É óbvio que eu adoro comédias, aventuras, dramas, ficções, documentários e tantos outros - só não me pergunte de musicais -.

Acho que esse tipo de filme está cada vez mais comum. Tão comum que daqui a pouco vão criar uma prateleira na locadora: Gênero Indefinido.

Acho que eles têm um certo tom de incomprometimento com algum público, não fazem questão de ser restritos aos fãs de ação ou de comédia. São filmes que quase ninguém sabe classificar e quase todo mundo gosta. Para mim a beleza deles está simplesmente nisso: eles não são filmes de comédia, de ação ou de drama. Podem ser todos juntos em um só filme ou nenhum, fazendo deles diferentes e também especiais.